Ser croupier não é um trabalho comum. Como é o mundo do jogo para uma jovem mulher?
É igual a muitos outros ambientes tradicionais e masculinos: as raparigas são melhores, mas há menos! (risos) É uma profissão relativamente desconhecida, mas muito estimulante e gratificante. É preciso ter muita concentração e autocontrolo, um olhar atento e uma mente perspicaz. Aprendemos muito sobre nós e o ambiente destes espaços belíssimos inspira-nos a cultivar uma certa elegância, a cuidar de nós mesmas, a estar sempre no nosso melhor – ou pelo menos a tentar!
É fácil cuidar do cabelo quando se trabalha à noite?
Não é mais difícil do que quando se trabalha de dia! O meu trabalho assim o exige. Tenho cabelo comprido, mas não posso usá-lo solto no trabalho. É necessário um visual adequado: um fato de três peças com um laço e camisa branca, com um aspeto sempre cuidado, e um rabo de cavalo ou coque. Ser elegante faz parte do meu trabalho. É a imagem do estabelecimento que está em causa. A única coisa mais complicada é a falta de luz. Especialmente no inverno! Não vejo a luz do dia enquanto trabalho. Começo por volta das 20h00 e termino por volta das 6h00. Não consigo deixar de sentir que o meu cabelo está baço e que cai muito.